sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Despedidas....


Podíamos ter sido... mas não fomos.
Podíamos ter dito algo mais que "adeus"... mas não dissemos.
Podíamos ter sido felizes... mas nem sequer tentámos.
Podíamos ter arriscado... mas não o fizemos.

Fica um beijo, um abraço. Fica um peito de coração comprimido e os olhos que transbordam a saudade do que nunca nos foi permitido viver. Por medo? Talvez...
Tu segues um caminho, eu outro. Talvez um unico caminho seja demasiado pequeno para os dois. Mas vou sentir-te a falta, de verdade. E sei que lembrarei muitas vezes de ti.
É hora de te deixar, finalmente partir. Mesmo que ao virares as costas, leves tambem um pouco de mim.
É apenas um fim, ditado afinal, logo no incio de tudo. E quem sabe um dia?

Se não for pedir demais, aí dentro do teu peito, não me deixes morrer.
Aqui de longe, pedirei sempre a um ser maior que olhe por ti, que cuide de ti, que esteja a teu lado... no fundo, o que eu um dia quis que fizesses por mim. Mas não foste capaz.

Eu gostei mesmo muito de ti... e não pensei que me doesse tanto dizer-te adeus, mesmo sabendo que já te foste embora há muito, muito tempo...

"Pus o meu sonho num navio
e o navio em cima do mar;
depois, abri o mar com as mãos,
para o meu sonho naufragar

Minhas mãos ainda estão molhadas
do azul das ondas entreabertas,
e a cor que escorre dos meus dedos
colore as areias desertas.

O vento vem vindo de longe,
A noite se curva de frio;
debaixo da água vai morrendo
meu sonho, dentro de um navio

..."

Até um dia.

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