quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Quero um Homem...


Quero um homem
que toque minha alma,
que entre pelos meus olhos
e invada meus sonhos.
Quero que me possua inteira,
corpo e alma,
fazendo dos meus desejos
breves segundos de êxtase
o prazer do encontro total.
Quero sentir seus braços longos
envolvendo meu abraço,
seus lábios mudos
calando o meu silêncio
sem precisar nada dizer...
apenas me olhando
com olhos negros e úmidos
e me tomando devagar,
como o mar avança na praia,
como eu sei que tem que ser
e sei que um dia será.

Cláudia Marczak

domingo, 21 de outubro de 2007

Noite de Outubro


Hoje, noite de Outubro, sem lua,
A minha rua
É outra rua.

Talvez por ser mais que nenhuma escura
E bailar o vento leste
A noite de hoje veste
As coisas conhecidas de aventura.

Uma rua nova destruiu a rua do costume.
Como se sempre nela houvesse este perfume
De vento leste e Primavera,
A sombra dos muros espera

Alguém que ela conhece.
E às vezes, o silêncio estremece
Como se fosse a hora de passar alguém
Que só hoje não vem.

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Gravar o seu amor


Ela está deitada sobre os lençóis, quando o dia nasce docemente no seu quarto

Um raio de sol vem aquecer a sua pele…

Ela abre os olhos e repara que ele já não está a seu lado… ouve o barulho do chuveiro. Lentamente, levanta-se sorrindo e vai …

Abre ligeiramente a cortina e sem que ele dê conta, observa a água a correr sobre corpo dele. Como que hipnotizada, estende a mão para lhe tocar, surpreendido ele volta-se, abraça-lhe a mão e dá pequenos beijos em cada um dos seus dedos, com ternura.

Ela oferece-lhe um olhar repleto de desejo e deixa a sua mão vagabundear sobre ele, aproveitando plenamente cada milímetro de sua pele… Esta pele onde ela desejava gravar o seu amor…

segunda-feira, 15 de outubro de 2007


A pena desceu lentamente até ao seu umbigo, passeou pelas suas coxas, deixando a sua pele arrepiada. Brincou nas suas pernas em pequenos semi círculos deixando-lhe uma sensação de formigueiro que subia pela sua coluna. De seguida pegou nos morangos colocou um na sua boca, preso nos seus lábios e foi mordendo deixando o sumo escorrer para lábios dela, esmagou o morango de encontro aos seus lábios e foram devorando os morangos no meio de dentadas de linguas sofregas que sugavam o sumo a saliva, numa mescla de sabores .. sal ... doce. Sentiu que ele lhe colocava o doce de abóbora nos seios, os seus mamilos, que já se encontravam rijos da exitação foram lambidos, sugados e mordiscados. Ela contorcia-se tentava, em vão desprender-se das fitas de seda que lhe feriam os pulsos. O seu corpo ardente pedia por um corpo colado ao seu, mas ele limitou-se a a abrir a garrafa de champanhe e verter umas gotas nos seus lábios sequiosos por beijos. Ele foi vertendo o champanhe pelo seu peito que foi escorrendo, encharcando a calcinha que já se encontrava completamente molhada pela humidade que escorria do seu sexo cheio de vontade de ser possuído. O champanhe arrepiou-a, o seu corpo em brasa sentiu o frio e a sua língua que lho bebia directamente da pele, primeiro nos lábios depois foi descendo lentamente pelo pescoço, pelos seios até ao umbigo. Tirou-lhe a calcinha e derramou o champanhe que restava na sua vulva bebendo directamente nela, a sua língua sorvia todas as gotas do preciso liquido adulterado pela sua humidade. Ela foi percorrida por espasmos o seu corpo pedia ansiosamente por mais tal qual gata com cio e que ele fez entrando nela primeiro lentamente depois em movimentos mais rápidos. De repente retirou-se deixando-a na incerteza se algo se tinha passado, depois entrou nela novamente em movimentos rápidos. As suas mãos ergueram-na um pouco, sentiu os deles dedos nas suas nádegas, apertando-as, e saiu novamente. Ela implorou-lhe que a fizesse vir. Ele penetrou-a novamente e satisfez o seu desejo levando-a aos limites do seu próprio prazer até se deixar cair postrado em cima dela e assim ficaram até ao amanhecer.

terça-feira, 9 de outubro de 2007

Modo de Amar II


Modo de amar III


É bom nadar assim
em cima do teu corpo
enquanto tu mergulhas já dentro do meu

Ambos piscinas que a nado atravessamos
de costas tu meu amor
de bruços eu



Modo de amar IV


Encostada de costas
ao teu peito
em leque as pernas
abertas
o ventre inclinado

ambos de pé
formando lentos gestos
as sombras brandas
tombadas no soalho


Maria Tereza Horta

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

Palavras que já devem ter sido ditas


Acreditava no amor à primeira vista até ao dia em que te olhei uma segunda vez.

Gaia

Modo de Amar


Modo de Amar I

Lambe-me os seios
desmancha-me a loucura

Usa-me as coxas
devasta-me o umbigo


Abre-me as pernas
põe-nas nos teus ombros

E lentamente faz o que te digo…



Modo de Amar II


Pôr-me-ás de borco,
assim inclinada...

a nuca a descoberto,

o corpo em movimento...


a testa a tocar

a almofada,

que os cabelos afloram,

tempo a tempo...


Pôr-me-ás de borco;
Digo:

ajoelhada...


as pernas longas
firmadas no lençol...

e não há nada, meu amor,

já nada, que não façamos como quem consome...


(Pôr-me-ás de borco,

assim inclinada...

os meus seios pendentes

nas tuas mãos fechadas.)

Maria Teresa Horta

domingo, 7 de outubro de 2007

Convite...


Você está convidado para conhecer os meus segredos...
Agora venha e sacie os seus desejos...
mergulhe neste meu intimo,
vá até os lugares mais profundos e quentes que puder.

Agora cortes a fita vermelha... e serás meu convidado de honra.


Gaia